domingo, 26 de setembro de 2010

Hipocrisia e o Meio Ambiente

Ultimamente assistimos na mídia, autoridades apresentarem o reflorestamento como a salvação para todos os males ambientais advindos do Efeito Estufa. Entretanto, o reflorestamento, é apenas a metade do caminho a ser percorrido. Isso porque a floresta retém a água no solo, pereniza os rios, ameniza e equilibra o clima, mas não captura o carbono em definitivo, apenas o recicla. O verde, a floresta, aproveitando a energia solar e a água fixa o carbono por algumas dezenas de anos, ou nem isso, e o liberta para atmosfera sob a forma de gás carbônico, voltando às condições anteriores. A quem nossas autoridades querem enganar? Ficam apregoando providências esdrúxulas que não levam a nada! Querem calcular, por exemplo, quantas árvores devem ser plantadas para compensar a fabricação de um CD, a edição de uma revista, à flatulência de uma vaca... Enquanto isso, um simples carro de passeio atira no ar que respiramos dezenas de toneladas de gás carbônico durante sua vida útil. A sociedade precisa ser esclarecida, estar consciente da destruição de vidas que representa o uso do combustível fóssil sem a destinação adequada dos gases gerados como conseqüência. Mas ao invés disso, fazem cálculos mirabolantes sem chegar a resultado algum, só confundindo a sociedade leiga e simulando que providências sérias e enérgicas estão sendo tomadas. E assim, justificam-se as verbas astronômicas doadas pelos governos e empresas que são aplicadas em pseudo pesquisas, ditas “sérias e urgentes”.
Ainda que todos os espaços do planeta fossem ocupados com o cultivo de florestas o “problema do efeito estufa” não seria resolvido. O vegetal, como todo ser vivo, nasce, cresce, amadurece e morre e, ao morrer, devolve todo o carbono à atmosfera sob forma de gás carbônico. Então, o reflorestamento só terá sentido se a biomassa for “colhida e armazenada”, estocada de forma permanente, em condições de não decomposição (retorno à forma de gás carbônico). Como fazer isso? Devolvendo, a biomassa, o carbono que está em excesso na atmosfera (gás carbônico), aos locais de sua origem, às profundezas do subsolo, ocupando com as fossas abissais oceânicas, os espaços deixados pelos poços de petróleo exauridos, as falhas geológicas, as crateras artificiais criadas pelo homem e pela mineração. Para cada 12 toneladas de biomassa assim “devolvidas”, teremos 32 toneladas de oxigênio novamente disponíveis à atmosfera e menos 44 toneladas de gás carbônico a nos asfixiar. Tratar os resíduos gerados pela indústria é rotina neste meio; toda indústria é obrigada por lei a tratar e destinar corretamente os seus rejeitos. Por que a indústria do petróleo não é obrigada a fazer o mesmo? A proposta é a mais absolutamente correta do ponto de vista ecológico: a devolução do carbono ao local onde deveria estar e ficar para sempre.

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