segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Cidades sustentáveis

Cidades Sustentáveis são cidades inteligentes, inovadoras e criativas.
Com 80% da população vivendo na urbe é necessário que as cidades se reinventem no século XXI.
Talvez seja oportuno nos debruçarmos sobre a grande questão do século: o planeta urbano. Afinal, se o século 19 foi dos impérios e o 20 das nações, este é o das cidades. E as imensas inovações que ora se anunciam ocorrerão no território urbano. O desenvolvimento das megacidades contemporâneas impõe os desafios e oportunidades do desenvolvimento sustentável e da gestão inteligente.
Há 100 anos, apenas 10% da população mundial vivia em cidades. Atualmente, somos mais de 50%, e até 2050, seremos mais de 75%. A cidade é o lugar onde são feitas todas as trocas, dos grandes e pequenos negócios à interação social e cultural. Mas também é o lugar onde há um crescimento desmedido das favelas e do trabalho informal: estima-se que dois em cada três habitantes esteja vivendo em favelas ou subhabitações. E é também o palco de transformações dramáticas que fizeram emergir as megacidades do século 21: as cidades com mais de 10 milhões de habitantes já concentram 10% da população mundial.A maioria delas tem concentração de pobreza e graves problemas socioambientais, decorrentes da falta de maciços investimentos em infraestrutura e saneamento. Sua importância na economia nacional e global é desproporcionalmente elevada. Segundo a Unesco, no futuro teremos muitas megacidades e localizadas em novos endereços – das 16 existentes em 1996, passarão a 25 em 2025, muitas delas fora dos países desenvolvidos.
As metrópoles são o grande desafio estratégico do planeta neste momento. Se elas adoecem, o planeta fica insustentável. No entanto, a experiência internacional – de Barcelona a Vancouver, de Nova York a Bogotá, para citar algumas das cidades mais verdes – mostra que as metrópoles se reinventam. Se refazem. Já existem diversos indicadores comparativos e rankings das cidades mais verdes do planeta. Fora dos países ricos, Bogotá e Curitiba colocam-se na linha de frente como cases a serem replicados.
Quais são as cidades mais inovadoras atualmente, aquelas que já estão sinalizando as mudanças para daqui 25 anos? Por que as metrópoles contemporâneas compactas – densas, vivas e diversificadas nas suas áreas centrais – propiciam um maior desenvolvimento sustentável, concentrando tecnologia, novas oportunidades de crescimento, gerando inovação e conhecimento em seu território?
As metrópoles são o lócus da diversidade – da economia à ideologia, passando pela religião e cultura. E diversidade gera inovação. As maiores cidades do hemisfério norte descobriram isso há alguns anos e têm se beneficiado enormemente desse diferencial, dessas externalidades espaciais – inclusive com atração de investimentos. E têm promovido seus projetos de regeneração através de políticas de inovação. Centros urbanos diversificados, em termos de população e usos, com empresas ligadas à nova economia, têm se configurado nas novas oportunidades de inovação urbana em áreas anteriormente abandonadas (Barcelona 22@, San Francisco Mission Bay, diversas áreas em Nova Iorque, Boston ou Londres).
As cidades inteligentes, as smart cities, expressam a necessidade de uma reformulação radical das cidades na era da economia global e da sociedade baseada no conhecimento.
A capacidade de inovação se traduz em competitividade e prosperidade. Alguns parâmetros são fundamentais: presença da nova economia, sistema de mobilidade inteligente, ambientes inovadores/criativos, recursos humanos de talento, habitação acessível/diversificada e e-governance, que deverá incorporar sistemas inteligentes e integrados de governo, transporte, energia, saúde, segurança pública e educação.
A democratização das informações territoriais com os novos sistemas de tecnologia de informação e comunicação, favorecendo a formação de comunidades participativas, além de e-governance: serviços de governo inteligente mais ágeis, transparentes e eficientes, através de compartilhamento de informações.
Por fim, devemos ficar atentos às imensas perspectivas que as tecnologias verdes aliadas à gestão inteligente estão abrindo no desenvolvimento urbano de novos territórios, sejam novos bairros sustentáveis (por aqui, o pioneiro é o Cidade Pedra Branca Urbanismo Sustentável em Santa Catarina), sejam cidades inteiras verdes (Masdar no Dubai, desenvolvida Por Sir Norman Foster é o maior exemplo).
E as nossas cidades? Decisão política, boas ideias e competência na gestão urbana sempre serão bem-vindas e algumas cidades atuais demonstram isso claramente e jogam otimismo no futuro das nossas cidades. Curitiba iniciou há 20 anos o processo e suas boas práticas (sistema integrado de transportes coletivos destacando-se os corredores de ônibus expressos, BART, ligados a corredores planejados de adensamento; coleta seletiva de lixo; rede polinucleada de parques) devem ser replicadas cada vez mais, pois a sociedade civil organizada exigirá.
Nossas duas megacidades, São Paulo e Rio de Janeiro, trazem parâmetros oportunos importantes. O incrível boom imobiliário atual (terceiro maior do planeta), aliado à pujança do setor da construção civil e à força econômica de São Paulo e Rio, além da concentração, rara no Brasil, dos famosos 3T's – Talento, Tecnologia e Tolerância – defendidos por Richard Florida como essencial para a inovação urbana pode alavancar as desejáveis reinvenções destas cidades. Resta ao nosso mercado imobiliário incorporar melhor as lições que as cidades campeãs em inovação no mundo estão promovendo ao aliar, à pujança econômica, modelos urbanístico mais interessantes, com maior sociodiversidade espacial, como menos condomínios fechados e distantes.
A conurbação territorial ganha inovação importante a partir da chegada do trem de alta velocidade ligando Rio e São Paulo, previsto para começar suas operações em 2016. A renovação das infraestruras destas cidades já se inicia e promete aliar-se a grandes investimentos públicos e privados nos próximos anos, o que seguramente determinará esta megaregião como a principal não apenas do País, mas de todo o hemisfério sul.

domingo, 26 de setembro de 2010

Reciclagem, o modelo de Barcelona


O modelo de coleta de lixo criado para a Vila Olímpica de Barcelona em 1992 se tornou referência mundial e hoje mais de 50 cidades do mundo utilizam o mesmo sistema. As latas de lixo e os caminhões de coleta foram trocados por tubos instalados no subsolo que transportam todo o lixo para um centro de triagem. A tecnologia utilizada é incrível. Depois de percorrer a tubulação a uma velocidade média de 40km/h o lixo chega ao centro de triagem, ali o lixo é separado e transportado para uma usina de reciclagem.Os plásticos, alumínio, papel são reciclados e o lixo orgânico é transformado em combustível que move turbinas geradoras de eletricidade. Os reflexos da tecnologia catadora de lixo são vistos em toda a cidade. A sujeira das ruas é praticamente inexistente. Cerca de 160 caminhões de coleta deixaram de circular pelas ruas, o que torna o ambiente mais agradável, silencioso, limpo, livre da  emissão de CO2 gerada pelos caminhões de coleta e, principalmente, mais cheiroso. Atualmente, cerca de 70% do lixo de Barcelona é recolhido assim, mas a cidade tem investido para que em cinco anos, toda a coleta seja subterrânea. Essa é uma maneira mais ecológica e higiênica de transportar o lixo para o local correto e ainda obter aproveitamento total, em termos de reciclagem.
O Departamento de Meio Ambiente da Catalunha em parceria com a Universitat Politècnica de Catalunya (UPC), Ros Roca e Nord Engineering, criaram um novo modelo de containers para reciclagem do lixo. Eles foram projetados para o uso de toda a população. Os Containers são identificados com elementos que facilitam para as pessoas localizarem e se distinguirem em espaços públicos. Cada categoria de lixo é associada a uma cor: Lixo Orgânico – Marrom; Lixo em geral-Cinza (nesta categoria entram roupas, calçados, eletroeletrônicos e afins); Papel e Papelão – Azul; Plástico e Embalagem – Amarelo e Vidro – Verde. Os containers são alinhados na mesma ordem em todos os lugares da cidade onde estão disponibilizados facilitando assim a utilização por pessoas com deficiência visual. Além desse detalhe em cada container existe um símbolo em alto relevo indicando o tipo de lixo coletado. Esses símbolos foram criados pela ONCE (Organização Nacional Espanhola de Cegos).
Durante o meu curso de Gestão em Barcelona pude conhecer todo o processo da destinação do lixo. Algo surpreendente e a educação das pessoas faz com que o sistema seja eficiente.

Hipocrisia e o Meio Ambiente

Ultimamente assistimos na mídia, autoridades apresentarem o reflorestamento como a salvação para todos os males ambientais advindos do Efeito Estufa. Entretanto, o reflorestamento, é apenas a metade do caminho a ser percorrido. Isso porque a floresta retém a água no solo, pereniza os rios, ameniza e equilibra o clima, mas não captura o carbono em definitivo, apenas o recicla. O verde, a floresta, aproveitando a energia solar e a água fixa o carbono por algumas dezenas de anos, ou nem isso, e o liberta para atmosfera sob a forma de gás carbônico, voltando às condições anteriores. A quem nossas autoridades querem enganar? Ficam apregoando providências esdrúxulas que não levam a nada! Querem calcular, por exemplo, quantas árvores devem ser plantadas para compensar a fabricação de um CD, a edição de uma revista, à flatulência de uma vaca... Enquanto isso, um simples carro de passeio atira no ar que respiramos dezenas de toneladas de gás carbônico durante sua vida útil. A sociedade precisa ser esclarecida, estar consciente da destruição de vidas que representa o uso do combustível fóssil sem a destinação adequada dos gases gerados como conseqüência. Mas ao invés disso, fazem cálculos mirabolantes sem chegar a resultado algum, só confundindo a sociedade leiga e simulando que providências sérias e enérgicas estão sendo tomadas. E assim, justificam-se as verbas astronômicas doadas pelos governos e empresas que são aplicadas em pseudo pesquisas, ditas “sérias e urgentes”.
Ainda que todos os espaços do planeta fossem ocupados com o cultivo de florestas o “problema do efeito estufa” não seria resolvido. O vegetal, como todo ser vivo, nasce, cresce, amadurece e morre e, ao morrer, devolve todo o carbono à atmosfera sob forma de gás carbônico. Então, o reflorestamento só terá sentido se a biomassa for “colhida e armazenada”, estocada de forma permanente, em condições de não decomposição (retorno à forma de gás carbônico). Como fazer isso? Devolvendo, a biomassa, o carbono que está em excesso na atmosfera (gás carbônico), aos locais de sua origem, às profundezas do subsolo, ocupando com as fossas abissais oceânicas, os espaços deixados pelos poços de petróleo exauridos, as falhas geológicas, as crateras artificiais criadas pelo homem e pela mineração. Para cada 12 toneladas de biomassa assim “devolvidas”, teremos 32 toneladas de oxigênio novamente disponíveis à atmosfera e menos 44 toneladas de gás carbônico a nos asfixiar. Tratar os resíduos gerados pela indústria é rotina neste meio; toda indústria é obrigada por lei a tratar e destinar corretamente os seus rejeitos. Por que a indústria do petróleo não é obrigada a fazer o mesmo? A proposta é a mais absolutamente correta do ponto de vista ecológico: a devolução do carbono ao local onde deveria estar e ficar para sempre.

domingo, 19 de setembro de 2010

A importância dos oceanos para a Biosfera

Os oceanos e mares exercem uma grande relevância para a biosfera. Do ponto de vista ambiental contribuem na composição e equilíbrio climático, uma vez que os fitoplânctons abrigam as cianobactérias responsáveis pela produção de grande parte do oxigênio do planeta juntamente com algumas espécies de algas marinhas. São o verdadeiro pulmão do mundo, uma vez que produzem mais oxigênio pela fotossíntese do que precisam na respiração, e o excesso é liberado para o ambiente.
O ambiente marinho, apesar de suas características e comportamento muito peculiar, não está isolado do restante do planeta. Ao contrário, forma com os continentes e com a atmosfera uma complexa unidade vital: a Biosfera.
O oceano e a atmosfera são dois fluidos em permanente interação e disso depende, e muito, o clima e as condições de vida na Terra.
O Sol, como fonte primeira de energia, é o grande motor dessa interação. Cerca de 40% da energia que chega à Terra é devolvida para o espaço. Dos 60% que ficam, cerca de um terço é absorvido pelas nuvens, vapores de água e outros gases presentes na atmosfera, como o gás carbônico e o ozônio. Os outros dois terços atravessam a atmosfera e são aproveitados pelos oceanos e continentes. Como os oceanos ocupam mais de 70% da superfície do planeta, eles recebem a maior parte da energia solar
A energia solar refletida é responsável pela luminosidade da Terra, para quem a vê do espaço. A energia absorvida, principalmente sob a forma de calor, promove o aquecimento e a circulação da atmosfera, gerando os ventos, frente frias e outros fenômenos atmosféricos e climáticos. E também provoca, anualmente, a evaporação de uma camada de 91 centímetros de água de todos os oceanos. Estima-se que da energia solar que incide sobre as camadas superiores da atmosfera, apenas de 1 a 2% é utilizada na fotossíntese e passa a entrar nos ecossistemas.
Como a capacidade da água de absorver calor é muito maior do que a da atmosfera, isso torna o oceano um grande reservatório de calor. Apenas os três primeiro metros de camada de água dos oceanos é capaz de armazenar tanto calor quanto toda a atmosfera. Calor esse que resulta, em boa parte, na maior contribuição do mar para a atmosfera: a formação de nuvens.
As nuvens são formadas pelo vapor da água que se condensa em torno de algumas substâncias químicas presentes na atmosfera, conhecidas como aerossóis de sulfato, que constituem os núcleos formadores de nuvens. A maior fonte natural destas substâncias é o dimetilsulfeto, um gás produzido pelas algas do fitoplâncton que é liberado para a atmosfera. Outra importante fonte são os gases poluentes exalados pelos navios que ao queimarem combustíveis fósseis liberam sulfetos.
As nuvens têm um papel importante no controle climático da Terra, aumentando ou diminuindo a capacidade de reflexão da energia solar e interferindo no equilíbrio térmico do planeta.
E as interações entre o mar e o ar não param por aí. A energia do sol atinge a superfície da Terra com mais intensidade na faixa tropical do que nas regiões polares. Esse aquecimento diferenciado produz massas de ar com temperaturas diferentes. Para que exista um equilíbrio, essas massas de ar se movimentam e provocam os ventos, que por sua vez atuam na superfície dos oceanos gerando as ondas. As ondas ajudam a manter homogênea a temperatura da água nos primeiros dez metros do mar, que é a região em que mais de 60% da energia do sol é absorvida. Enfim, o oceano é um grande regulador térmico da atmosfera, cedendo e retirando calor quando é necessário.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Dizem por aí que o aquecimento global é uma consequência das alterações climáticas ocorridas no planeta, penso um pouco diferente. No meu humilde entendimento o aquecimento assim como o resfriamento que vem ocorrendo em algumas regiões do planeta causam alterações climáticas.
Diversas pesquisas confirmam o aumento da temperatura média global. Conforme cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o século XX foi o mais quente dos últimos cinco, com aumento de temperatura média entre 0,3°C e 0,6°C. Esse aumento pode parecer insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região e afetar profundamente a biodiversidade, desencadeando vários desastres ambientais. Aí eu pergunto: E o resfriamento dos oceanos? Existem 3.200 boias espalhadas pelos oceanos para medir a temperatura e salinidade e as medições mostram perda de calor. Como os oceanos fazem parte de 71% da superfície terrestre, eles são fundamentais para o clima do planeta. Só o Pacífico ocupa 35% da superfície e está resfriando desde 2000.
Alguns dizem não passar apenas de interesses econômicos, dizem que os fluxos naturais dos oceanos, vulcões e vegetação somam 200 bilhões de emissões por ano. A margem de erro é de 40 bilhões para cima ou para baixo e o homem coloca apenas 6 bilhões, portanto as emissões humanas representam 3%. O aquecimento global se tornou um embate político e econômico. Reduzir as emissões de carbono é reduzir a geração da energia, base do desenvolvimento em qualquer lugar. Como existem países que têm a sua matriz calcadas nos combustíveis fósseis, não há como diminuir a geração de energia elétrica sem reduzir a produção.
Bom, enquanto alguns vão discutindo se está esquentando ou esfriando, se as emissões geradas pela ação humana interferem ou não na dinâmica do planeta eu continuo insistindo em uma mudança comportamental do homem. Com aquecimento ou sem aquecimento só não enxerga as mudanças que estão ocorrendo ao longo dos anos quem não quer! O homem está destruindo e fazendo vista grossa. Em posts futuros vou colocar alguns exemplos.
Complexo e muito complicado . Leio muito sobre o assunto e como sou muito desconfiada não acredito em tudo que vejo nas mídias atuais.

Justificativas

Criei este blog com o intuito de compartilhar com o mundo meus conhecimentos acerca das questões ambientais. Hoje estou trabalhando com o primeiro projeto em São Paulo, exatamente do jeito que eu queria, como líder. Quero crescer profissionalmente, mas de forma tranquila, sem ter que subir pelas paredes e/ou aguentar pressão de chefe, não nasci para receber ordens e acredito saber delegar bem. Quero travar minhas batalhas e ser responsável pelos resultados. Foi difícil chegar aqui? Foi difícil demais, mas a recompensa é grande. Larguei uma carreira na área de comex no Rio de Janeiro para mergulhar na Gestão Ambiental e Sustentabilidade. Um bom dinheiro foi investido, aliás ainda está sendo porque continuo estudando. Foram noites sem dormir estudando, tentando bolar algo surpreendente, cursos paralelos, participação em vários congressos, simpósios e seminários. Leitura, muita leitura. Quer ter mais conhecimento? Leia. Pode ser aquele jornalzinho safado de R$0,25 como pode ser um best seller ou um artigo científico, garanto que alguma coisa você vai aprender.
Nos últimos tempos vivi algumas experiências rápidas de trabalho, mas isso acontecia justamente porque tracei uma meta, o grande lance era chegar onde estou agora. Estou super feliz, mas sei que posso avançar mais e mais, agora o que vai determinar o meu progresso é a minha competência e o meu esforço.
Espero que vocês possam tirar proveito de minhas postagens e qualquer dúvida, sugestão ou crítica é só fazer contato.

Já falei um pouco de mim e conceituei alguns termos que serão muito usados nas próximas postagens. chega de blá e vamos ao que interessa. Até o próximo post!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Biodiversidade

Biodiversidade ou diversidade biológica (grego bios, vida) é a diversidade da natureza viva. Desde 1986, o termo e conceito tem adquirido largo uso entre biólogos, ambientalistas, líderes políticos e cidadãos conscientizados no mundo todo. Este uso coincidiu com o aumento da preocupação com a extinção, observado nas últimas décadas do Século XX.
Refere-se à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos.
A Biodiversidade refere-se tanto ao número (riqueza) de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa (equitabilidade) dessas categorias. E inclui variabilidade ao nível local (alfa diversidade), complementariedade biológica entre habitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade). Ela inclui, assim, a totalidade dos recursos vivos, ou biológicos, e dos recursos genéticos, e seus componentes.
O termo diversidade biológica foi criado por Thomas Lovejoy em 1980, ao passo que a palavra Biodiversidade foi usada pela primeira vez pelo entomologista E. O. Wilson em 1986, num relatório apresentado ao primeiro Fórum Americano sobre a diversidade biológica, organizado pelo Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA (National Research Council, NRC). A palavra "Biodiversidade" foi sugerida a fim de substituir diversidade biológica, expressão considerada menos eficaz em termos de comunicação.
Não há uma definição consensual de Biodiversidade. Uma definição é: "medida da diversidade relativa entre organismos presentes em diferentes ecossistemas". Esta definição inclui diversidade dentro da espécie, entre espécies e diversidade comparativa entre ecossistemas.
Outra definição, mais desafiante, é "totalidade dos genes, espécies e ecossistemas de uma região". Esta definição unifica os três níveis tradicionais de diversidade entre seres vivos:
* diversidade genética - diversidade dos genes em uma espécie.
* diversidade de espécies - diversidade entre espécies.
* diversidade de ecossistemas - diversidade em um nível mais alto de organização, incluindo todos os níveis de variação desde o genético.
O enfoque foi ampliado a partir da Conferencia Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD ou Rio-92), que reuniu milhares de pessoas representando governos e povos de centenas de nações, firmando-se a CONVENÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA (CDB), marco básico mundial para tratar deste tema. É reconhecido que a conceituação de diversidade biológica ou biodiversidade varia considerando-se diferentes setores, mas de acordo com a CDB, tem sempre ênfase na variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos, e os complexos ecológicos de que fazem parte. Compreende ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.

Adaptado do projeto Biodiversidade

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Sustentabilidade

Sustentabilidade é garantir que as ações humanas estejam em equilíbrio com os ecossistemas, fazendo com que se supram as nossas atuais necessidades sem comprometer as futuras gerações. Porém, um amplo consenso científico afirma que o estilo de vida atual tem causado mudanças climáticas, degradação da biodiversidade e a diminuição de recursos naturais que comprometem o futuro da humanidade de forma acelerada.
Por isso é tão importante se reverter este cenário. Como fazer isso? Da maneira mais simples. Há ações básicas, fáceis de serem adotadas por todos nós, que podem contribuir de forma significativa para um modo de vida mais sustentável, hoje e no futuro. Soluções que podem ser praticadas em casa, no bairro, nas empresas e em qualquer momento de nossas vidas. O movimento por um mundo melhor já começou. Dê você também o primeiro passo. Seja ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito. Não veja esses itens como utópicos, não pense que você precisa agir corretamente 100% das vezes, tenha pelo menos consciência que esses são os pilares da sustentabilidade.